quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Anônimo - Capítulo 4

Marco ganhou a rua, e avistou os homens de terno e feições cruéis esperando ao lado de uma van perfeitamente ordinária através dos olhos da Máscara. E a Máscara lhe disse exatamente o que fazer, exatamente como se portar. Misturar-se. É o verdadeiro poder. Não há nada de fantástico em ser o mais rápido, o mais forte, ou o mais inteligente, quando você pode se passar por qualquer um deles. Por isso aqueles homens estavam atrás daquele poder. Ele eram ladrões e assassinos, é claro, mas eles entendiam. Se desejavam tão avidamente o objeto macabro que estavam dispostos a matar por ele, então eles entendiam o que significava.
O mais alto entre eles, o que Marco já identificara como o líder, sorriu quando o viu. Não um sorriso que se espera de um amigo, mas um sorriso de triunfo. E algo mais. Algo terrível. Uma sede de poder insaciável.
— Ah, já está de volta? Que bom, vamos sair daqui. Pegue o volante — disse o líder, agora se dirigindo ao outro capanga, que respondeu com um servil “Sim, Jorge”. — Já ficamos aqui por tempo demais. Jamais encontraremos o desgraçado agora que ele descobriu como se usa a máscara.
Marco entrou obediente na van, e imaginou que esperaria que eles descessem para que pudesse mata-los pelas costas. Dois tiros, um em cada nuca raspada. Seria suficiente. Eles nem faziam ideia, e sua ignorância era estimulante. Ele havia vencido. Não haveria mais concorrência alguma, e o advogado considerou interrogar um deles, mas seria muito arriscado. Ele não precisava saber quem eles eram, bastava que morressem e deixassem a Máscara toda para Marco. Afinal, faltavam apenas alguns dias, e ele teria o poder para todo o sempre. Esse era um pensamento muito reconfortante. O homem chamado Jorge sentou-se ao seu lado, e deu à Marco a oportunidade de estudar suas feições discretamente, para o caso de que houvessem mais desses malucos para onde eles estivessem indo. Mais de um tiro de pistola deixaria o rosto irreconhecível, e se passar por alguém como aquele brutamontes seria fácil. Mas Marco duvidava que houvessem mais. Eles não era muito sofisticados, e o advogado imaginou que deveriam ter esbarrado no poder por acidente, e dedicado suas vidas à procura de mais uma dose. Seria trágico, se não fosse tão patético. Eles jamais poderiam ter aquilo que era dele por direito...
Então Marco percebeu que Jorge estava sorrindo. O mesmo sorriso de antes, medonho e com a vitória estampada na cara. Então lhe ocorreu que ele estava muito tranquilo para ter perdido tão facilmente. Ele devia ter mais uma carta na manga. Talvez um meio de rastrear Marco novamente, o que o fez temer por Janice. Ou talvez... Talvez ele soubesse que Marco não escapara, mas que apenas se passara por um dos capangas.
A Máscara lhe disse tudo isso em um segundo, mas um segundo fora suficiente para que Jorge aplicasse uma coronhada bem posicionada no advogado, e escurecesse seu mundo.
*
Marco acordou ao som de água pingando lentamente em algum lugar próximo. Ele sentiu o chão frio de concreto contra seu rosto, sentiu a mordida apertada de algemas em seus pulsos e sentiu os pensamentos lentos, se arrastando com dificuldade. Havia um objeto... Uma muleta, e agora essa muleta fora retirada violentamente. A máscara, esse era o objeto. Era tão difícil pensar sem ela... E a dor de cabeça só aumentava... Marco foi capaz apenas de grunhir, e então ouviu passos em sua direção.
Ele olhou para cima, e seu coração encheu-se de conforto. Tudo ficaria bem, pois quem ele viu foi Janice, em pé e magnífica, sorrindo para ele. Sua presença era um facho de luz naquele lugar tão sombrio. Parecia-se com um depósito abandonado, com ferramentas enferrujadas de metal espalhadas a esmo, mas nada disso importava. Janice importava, e ela estava ali, concreta e real, na sua frente. O advogado conseguiu levantar-se, desajeitado, com um sorriso idiota no rosto. Mas havia mais alguém no lugar... Os olhos de Marco se acomodavam lentamente à escuridão, e sua mente ainda doía quando exercitada, mas não foi necessário muito raciocínio para que Marco saísse de um estado de tranquilidade incoerente com sua situação para outro de terror absoluto, muito mais coerente com algemas e um armazém abandonado. Janice estava em um canto, amordaçada e algemada, soluçando por entre a fita que cobria sua boca.
A Janice que olhava para ele agora ria diabolicamente, e as risadinhas agudas metamorfosearam-se bruscamente em uma gargalhada trovejante à medida que Jorge retomava sua forma original. Ele retirou a máscara, e Marco caiu de joelhos enquanto encarava-a, em sua forma grosseira de madeira. Em sua voz verdadeira, grossa e transbordando de triunfo, Jorge disse para
— Não é ótimo? A sensação é incomparável, não é mesmo?
O terror do advogado tornou-se uma raiva impotente, e suas tentativas débeis de se livrar das algemas apenas fizeram Jorge gargalhar mais ainda.
— Sabe, eu estava em dúvida se você seria tão estúpido a ponto de tentar me matar, mas depois eu tive certeza que seria. A Máscara... Ela te dá as ideais mais incríveis possíveis. Aposto que ela te convenceu que conseguiria eliminar a mim e meus subordinados sozinho. É, eu sei que sim. Ela faz isso com as pessoas. Ah, não faça essa cara. Você não podia acreditar que era o único, podia? Não, meu amigo, você é apenas mais um peão. Um meio fácil de arrecadar almas. Lógico, o princípio é o mesmo, tentando-as com o que elas mais desejam, só que nesse caso isso é... O anonimato. Ser totalmente desconhecido, ser qualquer um. É o poder de um deus. Imagine as possiblidades!
— Você... Vai nos matar?
— Matar vocês? Não seja ridículo!
Jorge agachou-se muito próximo de Marco, que recuou do melhor modo que pode, arrastando-se no chão. Era possível sentir o hálito do homem, e o desdém em sua voz era palpável.
 — Sabe, você não é o primeiro a possuir o objeto, e muito menos o primeiro que eu consigo capturar. Há muito tempo atrás, eu era um policial, acredita? Pode ser difícil para você imaginar, mas é verdade, e um dia estávamos na cena de um crime terrível: um homem esquartejou a mulher, avançou nos policiais e foi baleado. Eu estava vasculhando a casa do sujeito, e encontrei o objeto. Na hora, eu tive certeza que o cara era um psicopata qualquer que havia esculpido o negócio com uma faca de cozinha ou algo do tipo. Mas havia algo mais naquele pedaço de madeira esquecido no chão. E, contra todos os meus instintos, eu pus a Máscara... Você conhece a sensação. Impressionante, assustador... e inesquecível.
Ele fez uma pausa, saboreando a lembrança como uma obra de arte genial.
— A verdade é que a experiência me mudou. Mas não durou muito para que eu recebesse uma visita do velho, furioso e gritando que eu jamais deveria ter colocado a Máscara. Ele a tirou de mim, e eu me senti perdido e pequeno. Não se passava um dia que o pensamento do poder passasse pela minha cabeça. Perdi meu emprego, minha mulher me deixou... E então resolvi que deveria dedicar minha vida a encontrar o objeto e sentir seu poder pelo menos mais uma vez. Rastrear a Máscara foi difícil, e eu cheguei tarde demais muitas vezes, mas depois de tanto tempo, eu comecei a perceber um padrão. Como eu disse, é apenas um meio mais fácil de arrecadar almas. O velho presenteia apenas aqueles que ele tem certeza que jamais lidariam com o poder da máscara, por quê assim fica mais fácil. É sempre um homem, saindo de um colapso ou prestes a ter um, que usa seu poder de modo inconsequente e impulsivo, e acaba morto em três dias. Geralmente. — Jorge sorriu. Marco estava pálido, imaginando o que mais aquele homem hediondo podia querer dele. — Assim, bastou limitar minha busca a acidentes incomuns ou crimes particularmente emocionais e eventualmente eu consegui encontrar um vivo. Ele era igualzinho a você... Bêbado com o poder.
Marco arranjou coragem para balbuciar, em uma voz trêmula:
— E você não está?
— É lógico que estou! — Jorge respondeu com um olhar cruel e um chute no rosto de Marco, que se retorceu no chão. — Mas diferente de vocês, idiotas genéricos, eu sei o que fazer. E descobri da pior maneira. Esse que eu capturei, eu matei sem nem pensar duas vezes. E quando fui tomar a recompensa... O velho apareceu mais uma vez! E simplesmente sumiu com a Máscara! Imagine minha frustração! Mas foi então que eu entendi. Se o receptor morre, a Máscara deve passar adiante, até que alguém consiga durar uma semana inteira. Isso obviamente nunca aconteceu... Até agora. Por que, com a minha ajuda, você vai sobreviver. A única diferença é que quem ficará com a Máscara após uma semana serei eu. Então, tranquilize-se! Eu não vou te matar. Eu preciso de você. Eu vou aprisiona-lo ao invés disso, e sua existência garantirá o meu poder. Pense nisso quando respirar pela próxima vez.
Jorge gargalhou novamente, e então sacou a mesma pistola que Marco teria usado para mata-lo. Parecera tão simples, mas agora, sem a muleta que era a máscara apoiando seus pensamentos, o jovem advogado percebia quão impossível o plano era. Todos os seus temores e inseguranças, que haviam sido afugentados pelo objeto como animais selvagens fogem do fogo, agora retornavam e se encarapitavam na escuridão que se formara na mente de Marco. Jorge apontou a pistola para Janice, que soluçava e ofegava desesperadamente.
— Mas eu não tenho nenhum motivo para manter ela viva...
— Não, por favor! Eu faço o que você quiser!
— O que eu quero, Marco — Jorge ainda apontava a arma para Janice. — É que você fique saudável. Alimente-se bem, não morra de desidratação ou nenhuma doença estúpida, porque se eu ao menos suspeitar que você está tentando se matar... Bom, digamos que você estará acabando com duas vidas.
Os soluços de Janice ecoavam no armazém vazio.
*
Marco sonhou aquela noite. Com o corpo colado contra o chão frio do Armazém, algemado a um cano e vigiado por um dos capangas, Marco sonhou com o velho que lhe dera a máscara. Eles estavam de volta no ônibus. A chuva estava tão forte e as janelas, tão embaçadas, que era impossível ver qualquer coisa. Não havia mais ninguém no ônibus a não ser o motorista, e a cena tinha a impressão surreal que um sonho adquire quando se sabe que está sonhando. O velho parecia ainda mais repulsivo do que na vida real. Vermes caminhavam por sua carne podre e enegrecida como carvão, e o banco no qual sentava faiscava como se seu próprio corpo irrompesse em chamas. Porém, ainda assim, Marco não sentia aversão alguma por ele. Diferentemente de quando se encontraram no ônibus, Marco agora mal percebeu sua presença, seguro de que nada daquilo era real.
O velho então dirigiu-se a ele, e sua voz parecia algo saído de um abismo.
— Eu preciso da sua ajuda.
— Você? — Respondeu Marco com naturalidade. — Achei que pudesse fazer tudo.
— Quase tudo. Manifestar-me em sonhos, por exemplo.
— Manifestar-se em sonhos. — Repetiu Marco, sem emoção. — Entendo.
— Mas não posso eliminar esse... Contratempo. Aquele homem que você teve o desprazer de conhecer tem sido um verdadeiro empecilho para mim. Mas não há nada que eu possa fazer, ao menos não diretamente. Mas com a sua ajuda, é possível que possamos pôr um fim nisso.
— E por que eu o ajudaria? Talvez se ele continuar com a máscara, isso impeça mais pessoas de morrerem através do seu uso, e te impede de coletar mais almas.
— Almas? Ele te disse essa besteira? Ele não faz ideia do que está falando. Eu não sou um demônio, sou um agente. É preciso avaliar se a natureza humana é passível de mudança. Considere um grande teste, o maior de todos os tempos. Se você passarem, continuam vivendo. Senão, temos que começar tudo de novo. Até agora, os resultados não foram muito favoráveis. Todos vocês abusam do poder recebido, não importa o quão incomum ou macabro sua fonte pode parecer, e toda vez isso leva à tragédia.
— Ainda não vejo porque deveria te ajudar.
— Porque se recusar, passará o resto da sua vida acorrentado. E quando digo ‘o resto da sua vida’, refiro-me aos dias que restam para que ele adquira a máscara permanentemente. Depois ele irá mata-lo. E esse será o fim. Mas se me ajudar, você salva a si mesmo e àquela que ama, e ainda adquire o poder do objeto para si, efetivamente passando no teste. Não é uma escolha difícil.
Marco ponderou essa ideia por um tempo. De fato, não havia muita escolha. Viver ou morrer. Glória ou esquecimento. Vitória ou derrota.
— Está certo. Vou te ajudar.
O ônibus parou bruscamente, e uma luz forte iluminou o interior do ônibus, cegando Marco por um instante, e quando pôde abrir os olhos novamente, sentiu o frio, a fome e a dor na qual se encontrava. Nada havia mudado. O capanga continuava observando-o com o mesmo olhar chapado, o chão continua frio e duro, Janice continuava soluçando baixinho em um canto, e as algemas...
Marco olhou para suas mãos, e constatou com espanto que estavam livres. Depois analisou a sala e percebeu que o capanga que antes o vigiava não estava mais lá. Não parecia nenhuma coincidência, o jovem advogado pensou.
Marco levantou-se silenciosamente e foi até Janice, que havia parado de soluçar subitamente, e agora apenas olhava com choque enquanto Marco sussurrava “eu voltarei por você”.
Como se a máscara alimentasse seus pensamentos novamente, o jovem advogado saiu da sala para encontrar um corredor escuro e vazio, mas nada disso importava, pois ele sabia exatamente para que direção ir e que caminho tomar. Ele alcançou uma porta semicerrada, e pela fresta Marco podia ver a máscara, chamando-o. Foi preciso muito autocontrole para não pular imediatamente em direção ao objeto. Ao invés disso, Marco abriu cautelosamente a porta enferrujada para encontrar o outro capanga também imerso em um sono sobrenatural. Então foi apenas uma questão de esticar a mão, sentir a madeira irregular sobre sua palma, e encaixar o objeto em seu rosto.
A sensação foi exatamente como sair de um longo período de abstinência, muito embora houvesse se passado apenas um dia. A mente escurecida de Marco iluminou-se com a rapidez que o fogo se alastra em palha embebida em álcool. Ele se deleitou com o poder que preenchia seus pensamentos novamente, imaginando todas as milhares de possibilidades...
Arrancando-o subitamente de seu devaneio, um par de mãos de aço o agarraram pelas costas e o arremessaram através do pequeno aposento. Jorge olhava para ele com uma expressão de pura fúria, e o barulho acordou o capanga, que olhou para Jorge, e de volta para Marco, com a expressão mais confusa de toda a sua vida.
Porque o cruel ex-policial podia ser rápido, mas não mais rápido que um pensamento. Marco se levantou, e quando o fez, sua aparência já igualava-se nos mínimos detalhes à de Jorge, que por sua vez teria espancando o advogado sem piedade se não fosse impedido por um súbito clique que encheu a pequena sala como o rufar de um tambor.
— O que está fazendo, idiota? — Gritou Jorge, olhando incrédulo para o capanga com a pistola apontada em sua direção. — Ele está com a máscara! Atire nele!
— Não seja ridículo, ele roubou a Máscara, e agora acha que pode te enganar! — Retrucou Marco, mimicando o tom autoritário que o ex-policial usava. — Atire nele, agora!
Totalmente perdido, o capanga alternava a mira de sua arma de um para outro, certo de que à essa distância o tiro mataria instantaneamente.
— Isso é loucura! — Gritou Jorge, impotente. — Pergunte-me qualquer coisa, eu responderei!
— Não seja enganado! Lembre-se, ele pode ler sua mente! — Mentiu Marco, esperando aproveitar-se do medo do homem pelo objeto. — É um dos muitos poderes da Máscara!
— Se... Se você pode... — balbuciou o homem, aterrorizado. — Ler minha mente, então no que estou pensando?
Louco de ódio, Jorge gritou, impulsivo:
— Em quem de nós matar!? Agora me dê essa arma, imbecil!
Um clarão iluminou o pequeno aposento enquanto a bala atravessava a sala em uma fração de segundo, e quando os primeiros respingos de sangue atingiram o rosto de Marco, o pesado corpo do ex-policial já tombava no chão.
— Bom trabalho. — Com um sorriso triunfante, Marco estendeu a mão. — Agora me dê a arma.
O homem entregou-a inocentemente, e antes que pudesse reagir Marco assumiu sua forma original e matou-o com um tiro na testa, adicionando mais sangue ao seu terno já manchado. Marco demorou-se por mais um instante, olhando os dois corpos como provas definitivas de sua vitória, e então correu para libertar Janice. Petrificada, ela deixou-se conduzir enquanto ambos saíam do armazém, com o sol já brilhando a pino.
Então, como um trovão rimbombando no céu límpido, um tiro soou ao longe. Marco sentiu uma pontada de dor, intensificando-se mais e mais, até que caiu de joelhos e apertou seu peito embebido em sangue. Sua visão embaçou-se, os ouvidos ficaram surdos aos gritos desesperados de Janice, e tudo que lhe restou foi a Máscara. Agora, vendo o líquido escorrer no asfalto sujo, Marco podia ouvi-la respirar. Seus pensamentos, percebeu, não eram seus. Nunca foram, e isso esclarecia tudo. Por isso Jorge não estava usando o objeto quando o advogado o encontrou, repousando inofensivo em uma mesa qualquer. O ex-policial sabia que tipo de coisas a Máscara é capaz de convencer alguém a fazer, e sabia que essas coisas só podem levar à morte prematura. Na impulsividade induzida pelo objeto, o advogado esquecera-se de que eram dois os ajudantes de Jorge, e o que fora negligenciado agora vingava seu colega e seu chefe.
Ironicamente, era através da clareza de pensamento que a Máscara concedia que Marco agora entendia o propósito do teste. Usar, de qualquer forma, o poder concedido, levaria à tragédia. Resistir à tentação, por outro lado, garantia a sobrevivência. Um teste, pensou Marco, que a humanidade jamais passaria.
E enquanto o capanga fugia, e enquanto Janice se mergulhava em lágrimas, alheia ao seu redor, um velho barbado de lábios tortos, apoiado em uma bengala gasta e vestido um sobretudo grande demais, aproximou-se do corpo sem vida estirado no asfalto, agachou-se, pegou um objeto rústico e grosseiro de madeira que lembrava vagamente um rosto humano, e afastou-se, sem que o mundo sequer soubesse que ele estivera ali.

Nenhum comentário:

Postar um comentário